domingo, 15 de março de 2009

Aos mestres-cucas!

Todo mundo diz que quando vai se aproximando o fim do curso a turma fica mais nostálgica, com ares de arrependimento por ter brigado mais que amado. Bem...não seria surpresa para os que me conhecem se eu dissesse que para mim não há nostalgia. Ou melhor, essa turma traz um traço particular: Ninguém brigou (ou quase ninguém), mas ninguém amou. Não falo das 'patotinhas', 'panelinhas' - como queiram nomear-, mas de amor em conjunto. Há dias atrás eu falava com alguém sobre o tal texto do orador na aula da saudade...ser orador há 5 anos atrás para mim seria um presente, uma vitória. Hoje talvez apenas motivo para afrontar umas poucas almas bizarras das quais convivi por esses (quase) vazios anos.
Então, escrevo aqui a dedicatória a cada um que recebeu meu "Bom dia!" (e não se sintam excluídos os que não retribuíam esse gesto de educação doméstica. Não os culpo por seus pais não lhes terem ensinado que há coisas mais importantes que o status):


Saudade de quê?

Aos mestres-cucas!

Vamos aos doutores do ensino (porque se teve outra coisa que me ensinaram bem ali foi a não ter ética [Essa eu explico em 'Aos anos (quase) perdidos']. Nem todos foram ruins, também tiveram as tragédias. Começo por aquele que deve ter sido professor de qualquer um que passou pelo CCJ (sem nomes ...não cheguei a ser contaminada por completo com o vírus 'desprezo da ética'):

(TGE): Com ele aprendi muita coisa. A primeira delas foi gazear aula na cantina. Outra foi que Getúlio Vargas era um apreciador nato de café e que andava a cavalo. Por falar em café, lembro duma situação em que ganhei não menos importante título de Miss TGE por ter recebido uns elogios com direito a convite para um café na cantina bicentenária de seu Jadir. Mas deixemos o coitado em seus últimos tremeliques ...
(Sociologia): O que dizer de alguém que falava da Teoria do Superman? O que dizer de alguém notavelmente desequilibrado? Não gastarei tantas palavras...
(Introdução): A professora dita ‘gostosa’, falava mais de sua vida pessoal que qualquer outra coisa. Politiqueira, nos introduziu num mundo em que a aparência é tudo: um modelo de óculos a cada aula, corpo malhado, enfim...
(Direito Romano): Eu não lembro disso, mas uma amiga diz que lembra dos primeiros dias de aula quando a professora tremia com as fichas nas mãos...vou confessar: até hoje procuro o quão essencial foi essa disciplina na minha vida.
(Metodologia): Aqui nem sei como começar...desde o início já se ouvia falar da professora pegadora do CCJ. 52 anos com cara de 39... ‘pegou’ uns tantos conhecidos. Fumante. Tive certo contato, mas não deixou boas impressões, apenas umas baforadas de nocotina.
(Administrativo): Proporcionou-me um dos dias mais empolgantes das idas ao CCJ – uma quase briga-de-galo com o professor de (Processo Penal.): O ser mais ignorante que conheço. No início era engraçado – a favor da pena de morte – na continuidade, bizarro! Não acredita no amor, deixou o cabelo crescer e se veste como o ‘boy do celular’. Ah, um dia desses disse que o capeta estava entre nós (o trio inseparável). Também adora Rodrigo, uma figura folclórica da turma.
(Família): E por falar em seres bizarros...digo que nesta disciplina aprendi que família é uma instituição mais que falida: é sofrida! Que homem não presta e que casamento só serve pra dar dor de cabeça. É isso aí, meu povo, descobri meses depois que a ministrante tinha sido abandonada pelo noivo no altar...(sem mais comentários).
(TGP): Peeeense! Esse foi meu fardo. Professora de decorebas ARG! Tive que decorar o livro de Ada Pelegrini. Quando paguei a disciplina, senti que já podia ir pro céu! Agüentei o capeta em vida.
(Internacional Privado): “Menina, você já leu Le petit prince?” “Já!” “Então explique essa citação...”. Digamos que este foi o ser mais temido da faculdade. Todos iam pra final, alguns conseguiam seguir adiante..outros não. Mas como aquela turma tem uns desvios de sorte: o pobre professor teve um ataque do coração e teve que nos deixar no começa ainda ..uma pena!
(Estágios e um pedaço curto de Internacional Privado): Um ser tosco! Ele até sai do meu conceito de bizarro que é mais ameno. Estranho. Praticamente um personagem do Family Guy. Fiz uma prova, tirei 5,0. Falei para ele que ia pedir revisão e misteriosamente meu 5,0 se transformou em 9,0!
(Sucessões): Frase célebre: “Purque mãinn...”. De bem só falava da mãe, de resto do ses passado com prostitutas e bebedeiras. Lembro da vez em que foi 'impedido' de continuar freqüentando o La Paloma e hoje tem cadeira cativa em certo restaurante elitizado da Rua Treze de Maio (sempre está na varanda tomando seu uísque diário) Até hoje tem raiva porque teve a transferência da sua filha negada da Facisa para lá. Dou até razão, porque nesse caso foi perseguição ao sujeito antipático que ele é...soube de casos que filhas de coordenadoras conseguiram essa transferência ilegal junto com adiantamento de curso sem problema algum...CCJ, fazer o quê?

(continua)

4 comentários:

  1. Pena é saber q passei por isso tudo há 2 anos e tudo continua na mesma... aff...
    Mas saiamos com vontade de fazer alguma coisa aqui fora... Ou pelo menos tentemos!
    Texto ótimo! Acho q deve ser o da aula da saudade sim!
    Bjosss!!!

    ResponderExcluir
  2. Resumo de fatos q deve ter sido muito bizarross... (kkk) aa uma turma assim!

    ResponderExcluir
  3. Oi Paloma, gostei do Blog e o seguerei. parabéns, vou ler assiduamente, espero a sua colaboraçao la com o matuto, ok!

    bjs, inté!!!!

    http://matutosocial.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  4. Paloma? é vc? minha ex-aluna? ;)
    Adorei o texto, e confesso que tb adorei não ter sido citada como ex (Previdenciário):uma pirralha!
    ;)

    Bjos muitos!!!!!

    ResponderExcluir